OSTEOPOROSE


Elisabete Fernandes Almeida é médica radiologista, com formação em editoração médica pela Universidade de Harvard (Estados Unidos), especializada em projetos de Educação Médica Continuada, tanto para médicos (programas científicos de reciclagem e atualização médica) como para a população em geral (programas de educação médica para maior conscientização, que promova a prevenção de doenças e uma vida saudável).

Elisabete Almeida foi recentemene nomeada diretora do Departamento de Educação Médica para Leigos da APM - Associação Paulista de Medicina - e diretora do recém-inaugurado Portal de Saúde da APM .

Esta é um doença que pode aparecer sem avisar: você se abaixa para pegar o jornal pela manhã e sente dor. Posteriomente, descobre que teve uma fratura de costela. Se for uma mulher idosa, provavelmente se trata de uma fratura causada pela osteoporose. A osteoporose, que significa "ossos porosos", promove o enfraquecimento ósseo, de forma que até mesmo pequenos impactos, como tossir, por exemplo, podem causar fraturas. Na maioria dos casos, os ossos ficam frágeis com a diminuição do cálcio, fósforo e outros minerais.
A doença também pode acompanhar distúrbios endócrinos e pode resultar do uso de certos medicamentos, como os corticosteróides. As fraturas são mais freqüentes na coluna, no quadril e no punho. Metade das mulheres brancas com 50 anos ou mais sofrem fraturas ósseas em decorrência da doença em algum momento da vida. A boa notícia é que nunca é tarde para fazer alguma coisa. Se você é mulher e ainda não chegou à menopausa, pode tomar algumas providências para evitar a osteoporose. Se já está na menopausa, alguns exames podem detectar a doença em estágios iniciais e impedir a sua progressão, antes de você sofrer fraturas graves e incapacitantes.
SINAIS E SINTOMAS: Nas fases iniciais da perda óssea, em geral, não surgem sintomas. Com a progressão da doença, os sintomas incluem: - dores na coluna - diminuição de altura, com inclinação para frente - fraturas de ossos, principalmente das vértebras, do punho e do quadril.
CAUSAS: A resistência dos ossos depende de sua massa e densidade. Esta, por sua vez, depende, em parte, da quantidade de cálcio, fósforo e outros minerais presentes nos ossos.
Quando os ossos perdem o componente mineral, também perdem a força e a estrutura interna de suporte. Ainda não se sabe exatamente por que isso ocorre, mas o processo envolve a formação óssea. Os ossos se encontram continuamente em remodelamento, ou seja, enquanto novas regiões são formadas, outras são degradadas. Um ciclo completo de remodelamento leva cerca de dois a três meses. Quando você é jovem, o organismo remodela o tecido ósseo rapidamente e a massa óssea aumenta. Por volta dos 30 anos, você alcança o pico de massa óssea. Daí em diante, o remodelamento prossegue, mas você perde um pouco mais do que produz – cerca de 0,3 a 0,5 % ao ano. A ingestão de quantidades insuficientes de vitamina D e cálcio pode acelerar este processo. Durante a menopausa, quando os níveis de estrógeno diminuem rapidamente, a perda óssea aumenta para 1 a 3 % a cada ano. Por volta dos 60 anos, a perda diminui, mas não é interrompida. Em idades mais avançadas, as mulheres podem ter perdido entre 35 e
50 % da massa óssea, em comparação com 20 a 35 % nos homens.
O risco para o desenvolvimento da osteoporose depende do volume de massa óssea entre 25 e 35 anos de idade (os maiores valores) e da velocidade de perda. Quanto maior a massa óssea alcançada, maior a reserva e menor a probabilidade de desenvolver a doença. A ingestão de quantidades adequadas de vitamina D, substância fundamental para a absorção do cálcio, e a atividade física regular podem ajudar a manter os ossos saudáveis durante toda a vida.

FATORES DE RISCO O diagnóstico precoce da osteoporose é muito importante. Dessa forma, bem como descobrindo que você apresenta risco elevado, é possível evitar a progressão da doença. Os fatores de risco a seguir devem ser levados em consideração, e você deve conversar com seu médico sobre o risco da doença para planejar uma estratégia de prevenção. Se você é mulher, é melhor fazer isso antes da menopausa. Os fatores de risco incluem:
Sexo
Tendo em vista que as mulheres apresentam uma maior esperança de vida e possuem densidade óssea inicialmente inferior àquela encontrada nos homens, as fraturas da osteoporose são duas vezes mais comuns no sexo feminino. Além disso, deve-se levar em consideração a queda abrupta nos níveis de estrógeno que ocorre na menopausa, colaborando para aumentar a perda óssea. As mulheres mais magras apresentam um risco ainda mais elevado, bem como os homens com níveis reduzidos de testosterona (hormônio sexual masculino).
Idade
Com o avançar da idade, o risco de osteoporose aumenta. Na medida em que você vive mais, maior o risco de desenvolver a doença.
Raça
Ao contrário dos negros, as pessoas brancas e descendentes de asiáticos apresentam maior risco de osteoporose.
Histórico familiar
Ter uma mãe ou uma irmã com osteoporose aumenta o risco de desenvolver a doença.
Tabagismo
O papel do cigarro na osteoporose ainda não é completamente compreendido, mas é certo que o tabagismo contribui para o enfraquecimento ósseo.
Exposição aos estrógenos durante a vida
Quanto maior a exposição ao estrógeno durante a vida, menor o risco de desenvolver osteoporose. Você tem um menor risco, por exemplo, no caso de ter apresentado menopausa tardia ou menarca (primeira mensturação) precoce. Mas se você apresenta antecedente de períodos menstruais irregulares, menopausa precoce (antes dos 40 anos) ou foi submetida à retirada cirúrgica dos ovários antes dos 45 anos de idade sem receber terapia de reposição hormonal, o risco é maior.
Medicamentos
O uso prolongado de corticosteróides provoca lesões ósseas. Essas drogas são comumente utilizadas no tratamento de condições como a asma, artrite reumatóide e psoríase. Se você precisa usar esteróides por período prolongado, o seu médico deve monitorizar a densidade óssea e recomendar outros medicamentos para prevenir a perda óssea. O excesso de hormônios tireoideanos também pode provocar perda óssea. Essa situação pode ocorrer quando a tireóide produz hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou quando você utiliza drogas para o tratamento das disfunções da glândula (hipotireoidismo). Um exame de sangue que mede a concentração de uma substância chamada hormônio estimulador da tireóide pode avaliar melhor estes níveis hormonais e ajudar na dosagem adequada do medicamento. Alguns diuréticos – drogas que impedem o acúmulo de líquido no organismo – podem aumentar a excreção renal de cálcio. Se você não ingerir a quantidade necessária de cálcio e outros minerais, os seus ossos podem perder a resistência. O uso prolongado de heparina (uma droga utilizada deixar o sangue mais fino), metotrexate e alguns anti-convulsivantes e anti-ácidos com alumínio podem causar perda óssea. Além disso, certas condições clínicas e procedimentos podem reduzir a absorção do cálcio, incluindo cirurgias do estômago (gastrectomia) ou doenças do aparelho digestivo (como a doença de Crohn). A doença de Cushing, uma condição rara na qual as glândulas adrenais produzem quantidade excessiva de corticosteróides, e a anorexia nervosa também podem promover a perda óssea.
Alcoolismo crônico
Entre os homens, o alcoolismo é um dos principais fatores de risco para a osteoporose. O consumo excessivo de álcool reduz a formação óssea e interfere na capacidade do organismo absorver cálcio.

1 comentários:

Anônimo 7 de agosto de 2009 às 16:01  

Muito bem Gil,
é isso ai, quebrando a cabeça!!!!
kakakakakakakakaka
bjao